sábado, 5 de fevereiro de 2011

Lição 6: A importância da disciplina na Igreja

Data: 06 de Fevereiro 2011
TEXTO ÁUREO
Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça(Hb 12.11 — ARA).
VERDADE PRÁTICA
A essência da disciplina é o ensino e o seu objetivo é levar-nos a andar de acordo com a vontade de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 23.12
O incentivo à disciplina
12. Dedique à disciplina o seu coração, e os seus ouvidos às palavras que dão conhecimento.
 Terça - Hb 12.7
Aquele que suporta a correção é tratado como filho
7. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Pois, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? 
Quarta - Jr 6.8
Deus adverte seu povo a que se corrija
 8. Ouça a minha advertência, ó Jerusalém! Do contrário eu me afastarei inteiramente de você e farei de você uma desolação, uma terra desabitada".
Quinta - Pv 29.15
Disciplina e correção andam juntas
 15. A vara da correção dá sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.
Sexta - Hb 12.6
Deus nos corrige como pai
6. Pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho".

Sábado - Hb 12.8
Devemos buscar a disciplina
8. Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 5.1-11.

1 - Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
2 - e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 - Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?
4 - Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
5 - E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
6 - E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
7 - E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.
8 - E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E eia disse: Sim, por tanto.
9 - Então, Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
10 - E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.
11 - E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas.

INTERAÇÃO

Na lição de hoje estudaremos a respeito da importância da disciplina na igreja. A disciplina é necessária para que haja ordem no Corpo de Cristo. Ela pode ser coerciva como também educativa. Tanto no Antigo como em o Novo Testamento, o Criador sempre disciplinou os seus servos, para que esses vivam em plena comunhão com Ele.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Reconhecer que a disciplina é uma prova do amor de Deus.
  • Explicar a necessidade da disciplina.
  • Saber que todo ato gera uma conseqüência.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza, conforme suas possibilidades, o quadro abaixo para os seus alunos. Converse com eles acerca da “Disciplina da vida cristã”. Explique que o objetivo da disciplina cristã é proporcionar ao crente uma intimidade profunda com o seu Criador. Além disso, a expressão “disciplina cristã” é utilizada em dois sentidos: práticas espirituais, devocionais, sociais e correção terapêutica. Algumas das primeiras são: a adoração a Deus, leitura diária e sistemática da Bíblia, oração, serviço, mordomia do corpo e dos bens. Quanto à segunda, sendo devidamente administrada, possui um efeito salutar e restaurador. Ela não deve servir para envergonhar, mas para edificar a fé do fraco e daquele que vacilou na caminhada.

 SOLDADO: vigilante
ATLETA: técnica
AGRICULTOR: paciente
COMENTÁRIO

Introdução

Palavra Chave
Disciplina: Educar, ensinar corrigir.

Numa igreja descompromissada com a sã doutrina, crentes como Ananias e Safira seriam até homenageados por sua “liberalidade e altruísmo”. Mas numa igreja que prima pelo ensino, não subsistiriam. Haveriam de ser desmascarados, repreendidos e fulminados pelo próprio Deus, pois Ele sonda-nos a mente e o coração. A falta de doutrina, pois, acaba por induzir toda uma congregação à hipocrisia e à mentira.
No episódio de Ananias e Safira, Lucas destaca o valor da disciplina na Igreja de Cristo. Por conseguinte, vejamos porque o ensino é imprescindível ao povo de Deus.

I. A DISCIPLINA E SUA NECESSIDADE
DISCIPLINA:
A disciplina é necessária para que haja ordem no Corpo de Cristo. Podemos levar em consideração três tipos de disciplina:
·         PREVENTIVA: é a disciplina que o Pastor passa para os ouvintes (membros), serve para orientar. Esta disciplina nada mais é, senão o culto de doutrina. Tendo em vista que este culto é destinado ao aprendizado da palavra de Deus, onde somos corrigidos preventivamente.
·         CORRETIVA: Serve para colocar a pessoa (membro) dentro das normas da igreja (estatuto*) é também serve para se enquadrar dentro do contexto bíblico, (doutrina).
·         AMPUTATIVA: serve para cortar. E quando a pessoa cai e não quer aceitar a correção da igreja. Está disciplina é a mais difícil para um líder de igreja, haja visto que o líder deve através de revelação do Espírito Santo, ou outros meios divino, identificar o individuo que se encontra fora dos padrões bíblicos e da igreja, e chamar o mesmo para uma conversa. Esta conversa pode ser uma disciplina preventiva, corretiva é por fim se não houver um acordo se torna amputativa. Ap. 3.19 - Repreendo e disciplino aqueles que eu amo. Por isso, seja diligente e arrependa-se.
*ESTATUTO: A palavra estatuto é diferente de contrato social, pode referir-se a uma variedade de normas jurídicas cuja característica comum é a de regular as relações de certas pessoas que têm em comum pertencerem a um território ou sociedade. Normalmente, os estatutos são uma forma de Direito Privado.
Em Direito Societário recebe o nome de estatutos aquela norma, acordada pelos sócios ou fundadores, que regulamenta o funcionamento de uma pessoa jurídica, quer seja uma sociedade, uma associação ou uma fundação. Em geral, é comum a todo o tipo de órgãos colegiados, incluindo entidades sem personalidade jurídica.
As suas funções básicas, entre outras, são as seguintes:
  • Regular o funcionamento da entidade frente a terceiros (por exemplo, normas para a tomada de decisões, representantes, etc.).
  • Regular os direitos e obrigações dos membros e das relações entre eles.
1. Definindo a disciplina. O que é disciplina senão ensino? Mas possui ela também o seu lado grave: a correção (Pv 15.10 - Há uma severa lição para quem abandona o seu caminho; quem despreza a repreensão morrerá.). Seu objetivo é conscientizar-nos quanto às conseqüências de nossas atitudes (Gl 6.7 Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.). A falta de disciplina pode conduzir à morte. Foi o que aconteceu a Ananias e a Safira.

2. A disciplina no Antigo Testamento. Por intermédio de seus profetas, Deus mostra ao seu povo o valor e a imprescindibilidade da disciplina (Jó 5.17 "Como é feliz o homem a quem Deus corrige; portanto, não despreze a disciplina do Todo-poderoso.). Ele requer que todos os seus filhos sejam ensinados na Lei e nos Profetas (Sl 25.8 Bom e justo é o Senhor; por isso mostra o caminho aos pecadores.). A disciplina é tão preciosa quanto à própria vida (Pv 6.23 Pois o mandamento é lâmpada, a instrução é luz, e as advertências da disciplina são o caminho que conduz à vida,). Eis o que diz Salomão: “O que ama a correção ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é um bruto” (Pv 12.1).
Nestes tempos tão difíceis e trabalhosos, nós pais somos coagidos a não aplicar a disciplina aos nossos próprios filhos. É claro que também somos contra os maus tratos impingidos às crianças. Mas que estas têm de ser disciplinadas, não o podemos negar. A recomendação é do próprio Deus: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” (Pv 13.24 (NVI) Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo.). Por que os educadores contrários à educação cristã, ao invés de nos constrangerem com as suas impropriedades, não saem em defesa das crianças abandonadas e prostituídas que fervilham nossas cidades? É necessário e urgente resgatar a infância abandonada e proporcionar-lhe uma vida digna e segura.
3. A disciplina em o Novo Testamento. Embora vivamos sob os termos da Nova Aliança, Deus em nada mudou quanto ao padrão disciplinar de seu povo. Haja vista o Sermão do Monte. Agora, além de o Senhor ratificar o sétimo mandamento, por exemplo, requer tenhamos nós um coração puro (Mt 5.27,28 "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. 28. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração). Por conseguinte, viver sob a lei do Espírito requer uma disciplina ainda maior.
Por quebrarem a disciplina, Ananias e Safira foram severamente punidos pelo Senhor.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Tanto no Antigo como em o Novo Testamento a disciplina orienta e evita que o erro torne-se repetitivo.

II. A OFERTA DE ANANIAS E SAFIRA

Disposto a dedicar-se integralmente ao cumprimento da Grande Comissão, Barnabé vende a sua propriedade e entrega todo o dinheiro aos apóstolos. Lucas, ao registrar o fato, realça o desprendimento daquele levita natural da ilha de Chipre, que haveria de prestar relevantes serviços ao Reino de Deus (At 4.36,37).
Ananias e Safira, imitando a Barnabé, também vendem a sua propriedade. Ao contrário deste, o casal retém parte do dinheiro, e repassa o restante aos apóstolos, como se aquele depósito representasse o valor total da propriedade. Eles, porém, seriam desmascarados, repreendidos e mortalmente punidos. Não se pode mentir a Deus.
Fruto de mentira. O pecado de Ananias e Safira alem do comentado acima foi um pecado provindo de mentira enganosa. Mentira esta que causa divisão. Compara-se a um casal que tendo bastante ciúme de outro casal ou pessoa, cria uma mentira para colocar divisão entres as partes.
1. O pecado contra o Espírito Santo e a Igreja. O pecado de Ananias e Safira não foi um requinte social como eles supunham; constituiu-se numa ofensa contra o Espírito Santo (At 5.9). Ajamos, pois, com muito cuidado, porque o Senhor chamar-nos-á a prestar contas de todas as palavras frívolas que proferirmos (Mt 12.36).
Se formos disciplinados na Palavra de Deus, jamais cairemos no erro de Ananias e Safira: mentira, hipocrisia e roubo. Como vem você agindo? Tem se dado à mentira? Cuidado. Os mentirosos não terão guarida no Reino de Deus (Ap 22.15).
Os pecados mais evidentes contra o Espírito Santo são os seguintes: Resistir ao Espírito Santo; entristecer; mentir; extinguir; e blasfemar. O ultimo e o considerado imperdoável, porque e praticado de forma voluntaria e dirigidos diretamente à pessoa do Espírito Santo. Quem o disse foi o próprio Jesus, no episodio narrado no evangelho de Mateus (Mt 12.31 Por esse motivo eu lhes digo: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.). O escritor aos Hebreus também nos fala a respeito deste pecado (Hb 10.29 Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, que profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça?), demonstrando, também, ao longo de sua epistola, que não há possibilidade de redenção para quem, voluntariamente, já tendo sido alvo da graça salvadora de Deus na pessoa de Cristo Jesus, vier a pecar de modo deliberado, agravando o Espírito da graça.
Blasfemar:
1. Dizer blasfêmias:
Velho e nervoso, só faz resmungar e blasfemar.
Verbo transitivo indireto.
2. Proferir palavras blasfemas e ultrajantes:
Blasfemava contra a má sorte que o pusera naquele estado.
Verbo transitivo direto.
3. Ultrajar com blasfêmias:
Blasfemava o nome de todos os santos.
2. Uma oferta como a de Caim. Nossa atitude diante do Senhor é sempre mais importante do que a nossa oferta. Vejamos a história de Abel e Caim. Ambos trouxeram o fruto do seu trabalho a Deus. O primeiro teve a sua oferenda aceita, pois justo era o seu coração. Quanto ao segundo, por ser iníquo, foi rejeitado (Gn 4.6,7). Antes de atentar para a oferta, o Senhor contempla o ofertante.
Ananias e Safira poderiam ter vendido a propriedade pelo valor que bem entendesse e haver dado todo o montante, ou parte deste, à Igreja. Pedro deixou-lhes isso bem patente (At 5.4). Mas como o casal, buscando a própria honra, não mentiu somente a Pedro, mentiram também ao próprio Deus (At 5.3).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Deus observa o coração do ofertante, isto é, a sua verdadeira intenção e não o valor da oferta.

III. O EXTREMO DA DISCIPLINA

Ananias e Safira conheciam muito bem a doutrina dos apóstolos e não ignoravam o Antigo Testamento. Nas sinagogas, ouviam sábado após sábado, a leitura da Lei, dos Escritos e dos Profetas. Chegaram eles a conhecer a Jesus? É bem provável. Por conseguinte, não foram eles punidos inocentemente. Ao mentirem a Pedro, sabiam estarem ofendendo o Espírito Santo. Eles sabiam que esse pecado era gravíssimo (Mt 12.32).
1. A sentença de morte. Confrontado pelo apóstolo Pedro, Ananias viu-se desmascarado. Naquele momento, aliás, vê-se ele diante do tribunal divino e do Senhor recebe a sentença pela boca do apóstolo: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4).
Informa Lucas que, ouvindo a reprimenda de Pedro, Ananias caiu por terra fulminado. O mesmo aconteceria à sua esposa três horas depois (At 5.10). O casal que contra o Senhor peca unido, unido também perecerá. Não poderiam eles andar no temor e na disciplina divina?
2. A maldição é retirada do arraial dos santos. Se Ananias e Safira não houvessem sido confrontados e punidos, a Igreja de Cristo, como um todo, sofreria por causa do anátema. Lembra-se do caso de Acã? Quando o pecado é revelado e a liderança não faz uso da disciplina, segundo os padrões bíblicos, toda a igreja sofre debaixo da maldição do pecado. Leia com atenção e temor o capítulo sete de Josué. Tomemos cuidado, pois Deus não mudou. Ele continua o mesmo. Aliás, vejamos esta advertência de Pedro: “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” (1 Pe 4.17).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Deus julga e condena o pecado e o remove do meio dos santos.

CONCLUSÃO

“O tolo despreza a correção de seu pai, mas o que observa a repreensão prudentemente se haverá” (Pv 15.5). A disciplina é uma prova de amor. Deus requer que seus filhos andem de conformidade com a sua Palavra. Se errarmos, Ele certamente disciplinar-nos-á. No entanto, cuidado: Deus não se deixa escarnecer.
Ananias e Safira, simulando uma justiça que não possuíam, mentiram para o próprio Deus. Por isso foram mortalmente punidos. Andemos, pois, no temor do Senhor.

VOCABULÁRIO

Frívola: Leviana, fútil, sem valor.
Impingido: Aplicado.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

MULDER, C. O. et al. Comentário Bíblico Beacon. 1. ed., Vol.2. RJ: CPAD, 2005.

EXERCÍCIOS

1. O que é disciplina?
R. Tanto pode ser ensino quanto correção.

2. O que nos ensina o episódio de Ananias e Safira?
R. Que não podemos mentir e nem enganar o Espírito Santo.

3. Que paralelo podemos estabelecer entre o casal e Acã?
R. Tanto o casal como Acã tentaram enganar o Espírito Santo e foram punidos com a morte.

4. O que pretendiam Ananias e Safira?
R. Desejavam demonstrar que tinham o coração desprendido dos bens materiais, o que era uma inverdade.

5. Você aceita com gratidão a disciplina divina?
R. Resposta Pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliográfico

“O delito de Ananias não foi reter parte do preço do terreno; poderia ter ficado com tudo se quisesse; seu delito foi tentar impor-se sobre os apóstolos com uma mentira espantosa unida à cobiça, com o desejo de ser visto. Se pensarmos que podemos enganar a Deus, fatalmente enganaremos a nossa própria alma. Como é triste ver as relações que deveriam estimular-se mutuamente às boas obras, endurecerem-se mutuamente no que é mau! Este castigo, na realidade foi uma misericórdia para muitas pessoas. Ele faria as pessoas examinarem a si mesmas rigorosamente, com oração e terror da hipocrisia, cobiça e vanglória, e a continuarem agindo assim. Impediria o aumento dos falsos crentes. Aprendamos com isto quão odiosa a falsidade é para o Deus da verdade, e não somente evitar a mentira direta, mas todas as vantagens obtidas com o uso de expressões duvidosas e de significado duplo em nosso falar”.
(HENRY, M. Comentário Bíblico. 1. ed. RJ: CPAD, 2002, p.891)

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

O Pecado de Acã
“Certamente Acã descobriu que o pecado é uma emoção passageira. Houve a emoção de obter alguma coisa secretamente. Ele teve a emoção de conhecer uma coisa que os outros não conheciam. Ele teve a emoção de ser procurado. Finalmente, chegou a emoção de ser o centro das atenções, de ser ‘a manchete do dia’. Há pessoas dispostas a trocar suas vidas por essas compensações.
Mas a emoção teve vida curta. O que ele fizera foi logo descoberto por todos. O que ele havia escondido foi rapidamente manifesto a toda a sua nação. Aquilo que ele considerou valioso mostrou-se impotente para ministrar-lhe. Aquilo que ele teve orgulho tornou-se sua vergonha. Sua alegria transformou-se em tristeza. Sua emoção momentânea terminou numa morte violenta. Com ele pereceu tanto aquilo que ele havia roubado quanto o que era legitimamente seu. Ele recebeu o salário do pecado. Ele foi ‘sem deixar de si saudades’ (2 Cr 21.20).
Este evento evidencia o princípio de que somente aqueles que vivem vidas submissas diante de Deus recebem ajuda do Senhor. Acã recusou-se a se submeter ao plano de Deus. Ele carecia da santidade que daria permanência ao seu programa de vida.
O fato de que ‘nenhum de vós vive para si e nenhum morre para si’ (Rm 14.7) é ilustrado pela vida de Acã. Um homem pode contaminar uma comunidade tanto para o bem como para o mal. Paulo dá a essa idéia um cuidadoso desenvolvimento em sua carta aos coríntios. Ele conclui: ‘De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele’ (1 Co 12.26).
A vida de Acã também nos ensina que o pecado nunca está oculto aos olhos de Deus. O Senhor sabe o que os olhos vêem, o que o coração deseja e o que os dedos manipulam. Ele também sabe dos inúteis esforços do homem de tentar enganá-lo. Mais cedo ou mais tarde, um ser humano deverá encarar seus atos e prestar contas de todos eles.
Outra verdade importante é encontrada no fato de que, assim que o pecado foi expiado, a porta da esperança se abriu. O povo sentiu mais uma vez a segurança de que poderia avançar. Esta verdade continua em ação. Aquele que aceita o sacrifício de Cristo pelo pecado imediatamente olha para a vida com esperança e segurança”.
(MULDER, C. O. et al. Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol.2. RJ: CPAD, 2005, p.45)

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