Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
1º Trimestre de
2012
Título: A Verdadeira Prosperidade — A vida
cristã abundante
Comentarista: José Gonçalves
Lição 11: Como alcançar a verdadeira
prosperidade
Data: 11 de Março de 2012
TEXTO ÁUREO
“E riquezas e glória
vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e
na tua mão está o engrandecer e dar força a tudo” (1 Cr 29.12).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira
prosperidade dá-nos as condições necessárias para não somente cuidarmos de nossa
manutenção, como também investir no Reino de Deus.
HINOS SUGERIDOS
363,
432, 578.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 8.12
A real prosperidade e as promessas
divinas
Terça - Fp 4.19
A real prosperidade e a fidelidade de
Deus
Quarta - Ef 4.28
A real prosperidade e o trabalho
Quinta - Pv 13.11
A real prosperidade produz benefícios
Sexta - Pv 30.8
A real prosperidade e a administração
Sábado - 2 Co 9.7
A real prosperidade e a obra de Deus
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
1 Crônicas 29.10-18.
10 - Pelo que Davi louvou ao SENHOR
perante os olhos de toda a congregação e disse: Bendito és tu, SENHOR, Deus de
nosso pai Israel, de eternidade em eternidade.
11 - Tua é, SENHOR, a magnificência, e
o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos
céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como
chefe.
12 - E riquezas e glória vêm de diante
de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão
está o engrandecer e dar força a tudo.
13 - Agora, pois, ó Deus nosso, graças
te damos e louvamos o nome da tua glória.
14 - Porque quem sou eu, e quem é o
meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas?
Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.
15 - Porque somos estranhos diante de
ti e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias
sobre a terra, e não há outra esperança.
16 - SENHOR, Deus nosso, toda esta
abundância que preparamos, para te edificar uma casa ao teu santo nome, vem da
tua mão e é toda tua.
17 - E bem sei eu, Deus meu, que tu
provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade
de meu coração, voluntariamente dei todas estas coisas; e agora vi com alegria
que o teu povo, que se acha aqui, voluntariamente te deu.
18 - SENHOR, Deus de nossos pais
Abraão, Isaque e Israel, conserva isso para sempre no intento dos pensamentos
do coração de teu povo; e encaminha o seu coração para ti.
INTERAÇÃO
Professor, você
sabe como alcançar a verdadeira prosperidade? Muitos são os livros de autoajuda
que prometem revelar o segredo do sucesso financeiro e da felicidade. Tal
“fórmula” deve funcionar somente para os autores! Na verdade não há nenhum
segredo. Pois sabemos que Deus é um Pai amoroso e que a verdadeira prosperidade
está fundamentada na sua providência e graça. Se quisermos ter uma vida
bem-sucedida precisamos aprender a depender de Deus e nos submeter à sua
vontade!
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
· Compreender que para sermos bem-sucedidos
precisamos confiar na suficiência de Deus.
· Conscientizar-se de que o trabalho foi instituído
por Deus antes da Queda.
· Explicar porque devemos fazer uso do dinheiro de
modo consciente.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, peça aos
alunos que citem um versículo bíblico onde Deus promete suprir as nossas
necessidades de alimentação e vestuário. Diga que Deus é um Pai amoroso que tem
prazer em suprir todas as nossas necessidades básicas, porém, explique que
existe uma diferença entre precisar e desejar. Nem sempre o que
desejamos é realmente necessário. O precisar tem a ver com consumo, suprimento
das necessidades básicas. O desejar está relacionado ao consumismo, impulso
incontrolável de ter ou possuir. Enfatize que Deus promete suprir (atender) as
nossas necessidades. O Senhor não é um “gênio da lâmpada” que atende os nossos
desejos. Ele é Deus, e por sua infinita bondade promete prover-nos as
necessidades. Conclua lendo Filipenses 4.19.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Trabalho: Conjunto de atividades,
produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir um determinado fim.
Como alcançar a
verdadeira prosperidade? Essa pergunta vem recebendo as mais diversas
respostas. Em sua maioria, tais respostas resumem-se a fórmulas mágicas de
autoajuda. Todavia, na perspectiva bíblica, a prosperidade está condicionada
não ao domínio de técnicas ou fórmulas mirabolantes, mas à prática dos
princípios expostos na Palavra de Deus. Nesta lição, veremos alguns desses princípios.
I. CONFIANÇA NA SUFICIÊNCIA DE DEUS
1. Confiando nas
promessas de Deus.
São muitas as promessas de Deus para o seu povo. As mais significativas não se
resumem aos bens materiais, mas ao perdão dos nossos pecados (Hb 8.12), à
adoção (2 Co 6.18), à vida eterna (1 Jo 2.25) e a um novo céu e a uma nova
terra (2 Pe 3.13). Essas promessas revelam a suficiência de Deus em nos prover
o melhor. De fato, como dizem as Escrituras, as promessas divinas são boas e
mui preciosas (1 Rs 8.56; 2 Pe 1.4). Portanto, qualquer ideia de prosperidade,
para ser genuinamente bíblica, necessita levar em conta a nossa dependência da
vontade soberana de Deus (Sl 103.1-3; 23.1-6).
2. Confiando na
fidelidade de Deus.
O fundamento do ensino da suficiência divina é que o Pai Celeste nos supre
todas as necessidades (Fp 4.19). Através de sua Palavra, o Senhor demonstra
todo o seu amoroso cuidado para com os seus filhos (Sl 145.9; Mt 6.26),
provendo-lhes o necessário para que tenham uma vida digna (Gn 24.48,56). Por
conseguinte, o cristão precisa conscientizar-se que Deus jamais abandonará os
seus filhos. É o que Davi declara em sua oração: “E riquezas e glória vêm de
diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua
mão está o engrandecer e dar força a tudo” (1 Cr 29.12).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus é fiel. Ele
prometeu e supre todas as nossas necessidades.
II. DEDICANDO-SE AO TRABALHO
1. A necessidade do
trabalho. O trabalho foi
instituído por Deus antes mesmo da queda de Adão e Eva (Gn 2.15). Aliás, o
trabalho aparece na Bíblia como algo útil, necessário e nobre (1 Ts 4.11; 2 Ts
3.8; 1 Tm 6.2). Escrevendo aos efésios, Paulo aconselha aos novos crentes:
“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que
é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef 4.28).
A prosperidade do
crente está associada ao trabalho (Dt 8.18) que, no âmbito da Palavra de Deus,
tem uma finalidade que transcende o mero acúmulo de bens. O cristão, portanto,
deve conscientizar-se de que a bênção do Senhor manifesta-se também por
intermédio de nosso labor diário (Dt 15.7,8; Pv 10.22).
2. Os benefícios do
trabalho. O trabalho é
necessário não somente para suprir nossas necessidades (1 Ts 2.9; At 20.34) mas
também as do nosso próximo (At 20.35). Instituição divina que é, o trabalho
oferece-nos também um real significado para a vida (Pv 13.11). A Bíblia destaca
o valor daqueles que desempenharam bem o seu trabalho (Gn 29.9; 31.6). O Novo
Testamento, por exemplo, realça o exemplo de Dorcas, que é lembrada pelo seu
trabalho e generosidade (At 9.36,39).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O trabalho foi
instituído por Deus antes mesmo da Queda do homem. Ele é útil e necessário aos
seres humanos.
III. USANDO O DINHEIRO CONSCIENTEMENTE
1. Rejeitando o
consumismo.
Embora o desejo de consumir seja considerado algo normal, há uma diferença
gritante entre consumo e consumismo. Se o primeiro tem a ver com o suprimento
de nossas necessidades básicas, o segundo manifesta um impulso incontrolável de
se ter, ou possuir, as coisas mesmo quando estas não são necessárias. Um trata
com o que é indispensável, enquanto o outro diz respeito àquilo que é
supérfluo.
Alguém já disse que
o crente deve tomar cuidado para não comprar o que não precisa, com o dinheiro
que não tem, visando demonstrar o que ele, na realidade, não é. Administrar bem
o dinheiro, atribuindo-lhe o seu real valor, faz parte da verdadeira
prosperidade (1 Tm 6.17). A Bíblia destaca, inclusive, o contentar-se com a
porção cotidiana proporcionada pelo trabalho digno, honesto e abençoado por
Deus (Pv 30.8).
2. Contribuindo
para a Obra de Deus.
O Reino de Deus, apesar de seu aspecto sobrenatural, necessita de nosso apoio
natural para expandir-se até aos confins da terra. Portanto, ainda que não
sejamos detentores de grandes posses, seremos considerados prósperos e
bem-aventurados se participarmos com nossos haveres do avanço da obra de Deus
(Lc 21.1-4; Fp 4.18,19).
3. Contribuição
voluntária e regular.
A Escritura é clara ao preceituar: “Cada um contribua segundo propôs no seu
coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com
alegria” (2 Co 9.7). O texto deixa bem patente que a nossa contribuição para a
obra de Deus deve ser feita de forma voluntária, regular e amorosa. Isto
significa que temos de ser regulares na entrega dos dízimos e das ofertas. Os
dízimos, a propósito, têm de ser trazidos à casa do tesouro, conforme exorta o
Senhor por intermédio de Malaquias. Ou seja: devemos dar o dízimo à igreja na
qual congregamos, para que sejamos realmente fiéis.
O dízimo é tanto
normativo (Ml 3.10) como voluntário (Gn 14.20; 28.22). Por conseguinte, o
crente prospera quando põe em prática os princípios bíblicos da contribuição.
Você tem investido na obra de Deus?
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Ser próspero é saber
utilizar os recursos financeiros com sabedoria, sempre investindo no Reino de
Deus.
CONCLUSÃO
A verdadeira
prosperidade fundamenta-se, antes de tudo, na providência de Deus. Pois Ele
capacita-nos a obter a necessária provisão para a nossa vida. A prosperidade
bíblica faz do cristão um autêntico despenseiro dos negócios de Deus. E, como
tal, estimula-o a usar de forma adequada aquilo que lhe foi confiado. Há uma
ação de Deus em abençoar-nos e uma resposta de nossa parte em reconhecer
corretamente os benefícios divinos. Que em tudo o Senhor seja glorificado!
VOCABULÁRIO
Haveres: Relativo a bens materiais.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
SALE, F. Você & Deus no
Trabalho: A ética profissional do cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Transcreva uma das promessas de Deus para o seu
povo.
R. Resposta
livre.
2. Qualquer ideia de prosperidade, para ser
genuinamente bíblica, necessita levar em conta o quê?
R. A
nossa dependência da vontade soberana de Deus.
3. Quem instituiu o trabalho?
R. O
Deus Todo-Poderoso.
4. De acordo com a lição, cite dois benefícios do
trabalho.
R. O
trabalho supre nossas necessidades e também as do nosso próximo. O trabalho
oferece-nos um real significado para a vida.
5. Explique a diferença entre consumo e consumismo.
R. O
consumo tem a ver com o suprimento de nossas necessidades básicas, o consumismo
manifesta um impulso incontrolável de se ter, ou possuir, as coisas, mesmo
quando estas não são necessárias. Um trata com o que é indispensável, enquanto
o outro diz respeito àquilo que é supérfluo.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“A importância do
trabalho
Por que o trabalho
árduo é tão importante? A que propósito ele serve, uma vez que Deus prometeu
prover todas as nossas necessidades?
As Escrituras dizem
muitas coisas sobre a importância do trabalho. Em primeiro lugar, nossos
esforços no trabalho são capazes de glorificar a Deus. Em segundo lugar — e
relacionado ao primeiro ponto — seja o que for que façamos nesta terra,
incluindo o nosso comportamento no trabalho, será um testemunho para as outras
pessoas. Por essa razão, Deus espera que sejamos diferentes, que nos
salientemos no contexto do mundo em que vivemos e que façamos o nosso trabalho
sem murmurações. O terceiro ponto é complexo. A Bíblia deixa claro que o nosso
trabalho é um dos veículos que Deus utiliza para suprir as nossas necessidades.
O seu intento é que a nossa produtividade nos traga recompensas significativas,
tanto tangíveis, como intangíveis. Em seu plano, a preguiça e a falta de
produtividade resultam naturalmente em necessidades. Deus quer que estejamos em
posição tal, que possamos desfrutar dos resultados de nossos trabalhos. Podemos
ter a certeza que Ele seria capaz de nos conceder aquilo que necessitamos, sem
qualquer esforço de nossa parte. Existem alguns exemplos em que Ele faz
exatamente isto, quando sabe tratar-se de uma situação apropriada” (SALE, F. Você
& Deus no trabalho: A ética profissional do cristão. 1.ed., RJ:
CPAD, 2001, pp.30-1).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“Salomão, filho de
Davi e Bate-Seba, sucedeu a seu pai como rei de Israel e reinou durante
quarenta anos. Ele foi o homem mais sábio do mundo. As Escrituras nos contam
sobre todas as suas realizações e a sua consequente fama. Ele era também o
homem mais rico do mundo; a história descreve a sua grande fortuna, bem como os
seus elaborados projetos de edificação. Ele recebeu sua sabedoria de Deus.
Igualmente, sua fortuna foi dada por Deus, por não tê-la pedido. O povo de
Israel estava contente sob o seu governo. Com o passar do tempo, o sucesso
fabuloso de Salomão fez com que se tornasse autoindulgente. Pelo fato de poder
dispor de tudo o que desejasse, passou a sentir que tinha direitos sobre tudo o
que quisesse.
Qual é, portanto, a
direção que a Bíblia nos oferece, em relação a mantermos as posses na
perspectiva apropriada?
1. Em primeiro
lugar, reconheça que seja o que for que alcance ou acumule neste mundo não
durará para sempre. Como diz o ditado popular, ‘você não pode levar nada
consigo’. Você estará deixando este mundo com as mãos vazias, como quando a ele
chegou.
2. A segunda
diretriz das Escrituras é que não sejamos avarentos. Esforce-se pela moderação
saudável em tudo aquilo que desejar. Tudo o que você possui é uma bênção, uma
dádiva divina. A Palavra de Deus oferece uma boa medida sobre quanto dinheiro é
suficiente: o bastante para que você não tenha que roubar, porém, nem tanto a
ponto de esquecer-se da sua origem.
3. A terceira
diretriz das Escrituras é que não nos preocupemos - não importa qual seja a sua
situação financeira. Como cristão, se você sofrer perdas financeiras, Deus está
com você, e esta é a chave para tudo aquilo que precisa. Em primeiro lugar,
Deus é quem o capacita a ganhar dinheiro. Você tem sua própria garantia de que
Ele conhece intimamente as suas necessidades, e que o seu bem-estar é
importante para Ele” (SALE, F. Você & Deus no trabalho: A ética
profissional do cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, pp.175-77).
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